quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Agenda 2013 dos Técnicos Superiores de Educação Social

Para conhecimento de todos os interessados em comprar a 1ª edição da Agenda 2013 dos Técnicos Superiores de Educação Social, vamos iniciar a PRÉ-VENDA da mesma. Informamos que esta será a 1ª agenda dos Técnicos Superiores de Educação Social e para este ano a venda desta edição será limitada ao stock existente. 
Contudo a APES – Associação Promotora da Educação Social a partir do ano de 2014 trabalhará no sentido de alargar a todos a aquisição da mesma.
O valor da agenda será 9,50€, em formato A5, com argolas, inclui o código deontológico dos TSES, dias comemorativos, separadores mensais com imagens de alta resolução alusivas á Educação Social, 52 frases de motivação das pessoas que participaram no grupo dos TSES, capa transparente rija, o interior será em tons de Púrpura, roxo, violeta e amarelo, horário escolar, a 1ª folha é reservada á identificação da pessoa e no final um bloco de notas.

Pretendemos no próximo dia 1 de Novembro ter já algumas fotos da mesma para divulgação.

Para RESERVAR já a Agenda 2013 dos Técnicos Superiores de Educação Social é necessário efetuar o pagamento por transferência bancária para o NIB da APES: 0010.0000.4826984000.156 e enviar o respetivo comprovativo de pagamento para o seguinte email: associacao.educacaosocial@gmail.com.

Relembramos que esta edição é limitada ao stock existente.

Depois de rececionarmos o comprovativo do pagamento a sua agenda, ficará automaticamente reservada.

Saudações Sociais.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

EDUCADORES SOCIAIS - ANGOLA

EDUCADORES  SOCIAIS - ANGOLA

Está a decorrer o processo de candidatura/recrutamento de pessoal especializado (preferencialmente com experiência), no âmbito da abertura de 3 Creches/Jardins de Infância em Angola (Luanda), em cujo projeto de formação pedagógica estou envolvida. São necessários cerca de 12 profissionais por instituição para equipa de coordenação/direção e trabalho diret...
o
com crianças dos 0 aos 6 anos:

- Educadores de infância

- Assistentes sociais

Eventualmente são também necessários Animadores socioculturais.

Enviem Currículo (com dados pessoais, contactos e disponibilidade) para este e-mail, o mais rápido possível.

Vão realizar-se entrevistas já no fim de semana de 3 e 4 de Novembro.

Agradeço que divulguem esta possibilidade.

Ana Veríssimo Ferreira
Email: ana@jaf.pt

Uma área de intervenção: Gabinetes de Apoio à Família!


Uma área de intervenção: Gabinetes de Apoio à Família!

Em continuidade ao artigo anterior, no qual reforcei a importância da profissão do educador social, será também relevante abordar as várias áreas em que pode trabalhar. O educador social é um profissional que tem uma caraterística muito particular, a polivalência, o que lhe permite atuar em diversos contextos. Os gabinetes de apoio à família fazem parte desse contexto, pois correspondem a uma resposta social que tem como principal objetivo realizar um atendimento e acompanhamento psicossocial a toda a comunidade. Este gabinete é constituído por uma equipa multidisciplinar (educador social, psicólogo, assistente social, dependendo do local onde se insere) que dá resposta à comunidade em várias vertentes, podendo estar presente em instituições, escolas ou juntas de freguesia, focando-se nas necessidades específicas de cada local.

O educador social atua junto das famílias, trabalhando inicialmente numa relação de confiança para que os resultados de intervenção sejam positivos, ou seja cria e estabelece uma relação de empatia entre a família e a criança. Este profissional trabalha assim, em conjunto com a família, de forma a encontrar estratégias positivas na relação das problemáticas existentes e nas diversas situações. Sendo esses contextos complexos, cabe ao educador social intervir em diferentes sentidos, sendo estes: a prevenção e intervenção em casos de violência doméstica; a proteção da família e da criança; a carência económica; os problemas familiares internos que comprometam o bem-estar físico e psicológico das crianças e dos familiares; o insucesso escolar, entre outros.

Com base no vasto número de casos problemáticos existentes numa determinada comunidade, não há uma receita que beneficie todas as pessoas, todavia o educador social adapta as estratégias e as intervenções a cada história de vida, dependendo de cada situação. O educador social é um elemento indispensável nos gabinetes de apoio à família, pois trabalha com as famílias, colaborando assim na melhoria da qualidade de educação, nunca deixando de acreditar em cada pessoa, tendo em conta que tudo é possível com trabalho e dedicação. Desta forma, o educador social é sem dúvida um profissional que “veste a camisola” e trabalha em parceria com outros profissionais para responder às necessidades da comunidade, através da partilha de experiências e conhecimentos de cada um.

Susana Laranjeiro Henriques

(Licenciada em Educação Social)

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

PROGRAMA do III Encontro dos Técnicos Superiores de Educação Social


PROGRAMA do III Encontro dos Técnicos Superiores de Educação Social

 
Informamos que este encontro é aberto a todos os profissionais das áreas das ciências sociais e humanas bem como aberto a toda a comunidade que tenha o prazer de participar.

Para inscrições, preencher a ficha de inscrição no link https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dDdoTFg2blpaWDAzRWMyS1lTV1RnY2c6MQ.

Em caso de duvida contactar através do seguinte email: encontroeducacaosocial@gmail.com


NOTA: Os novos sócios da APES ficam isentos de pagar a entrada para o III Encontro dos TSES. Aproveita

SOLICITA-SE DIVULGAÇÃO

SAUDAÇÕES SOCIAIS

APES (Associação Promotora da Educação Social)

Bullying no Trabalho | Oportunidade de intervenção do/a Educador/a Social?

 

Bullying no Trabalho | Oportunidade de intervenção do/a Educador/a Social?


… os sinais do bullying (no trabalho) incluem o declínio moral, diminuição dos lucros, diminuição da produtividade, baixa intensidade de trabalho, diminuição do compromisso profissional, baixa satisfação com o trabalho e motivação… principal razão para a diminuição dos lucros.
(Sheehan, 1999)

A temática do bullying, frequentemente associada ao contexto escolar, decorre também nas organizações.
Existe a perspetiva da criação de oportunidades de trabalho, quase numa linha de “intraempreendedorismo”.

Não será esta área, bullying no local de trabalho, uma oportunidade para os/as Técnicos/as Superiores de Educação Social?

Não necessitarão as organizações de profissionais na área social ou de serviços neste âmbito?
Deixo a análise de um artigo científico cuja referência bibliográfica é:

Harvey, M. et col. (2009), Bullying in the 21st Century Global Organizations: An Ethical Perspective, Journal of Business Ethics, Vol. 40, pp. 27-40.


O bullying (no trabalho) traduz-se por atos e práticas repetidas que são dirigidas a um ou mais trabalhadores, indesejadas pela vítima, podendo ser consciente ou inconsciente, mas que causa humilhação, ofensa e stress e pode interferir com a produtividade e rendimento no trabalho e contribuir para um ambiente de trabalho indesejado.
(Einarsen, 1999)
Esta problemática assume uma extrema gravidade. As consequências podem afetar em larga escala o individuo, bem como a própria empresa.

O bullying pode manifestar-se no trabalho por meio de uma das cinco categorias:
<!--[if !supportLists]-->1) <!--[endif]-->Chamada de nomes, em público, por parte do bully (Andersson e Pearson, 1999); Averill, 1983);
<!--[if !supportLists]-->2) <!--[endif]-->Usar como bode expiatório, alguns colaboradores ou grupos, estigmatizando o seu trabalho na organização (Mikula et al., 1990; Robinson e Bennett, 1997);
<!--[if !supportLists]-->3) <!--[endif]-->Aumentar, desmesuradamente, a pressão no trabalho de um colaborador ou grupo de colaboradores, colocando num nível acima de outros dentro da mesma organização (Robinson e O’Leary-Kelly, 1996; Youngs, 1986);
<!--[if !supportLists]-->4) <!--[endif]-->Perseguições sexuais aos/às colegas por parte de indivíduos com maior poder dentro da organização (Baron e Neuman, 1996; Bies e Tripp, 1998; Tata, 1993; Terpstra e Baker, 1991);
<!--[if !supportLists]-->5) <!--[endif]-->Estigmatização do colaborador ou grupo através de abusos/danos físicos (Brodsky, 1976; Einarsen, 1999).
Estes cinco indícios constituem uma boa ferramenta para que se possa produzir um simples diagnóstico de casos de bullying no trabalho.

O aumento destes casos, nas organizações, tem aumentado substancialmente e, com efeito, existem algumas razões que contribuem para o desenvolvimento do fenómeno:
<!--[if !supportLists]-->1. <!--[endif]-->Aumento da diversidade dos colaboradores dentro da organização (Lin, 1999), isto é, maior número de colaboradores estrangeiros, provenientes de outras culturas;
<!--[if !supportLists]-->2. <!--[endif]-->A remota natureza assíncrona do ambiente de atribuições estrangeiras, permitindo a formação de culturas e subculturas dentro da empresa. Consequentemente, cria-se uma “espiral do silêncio”, essencialmente em colaboradores estrangeiros, que se tornam o alvo predileto dos bullies.
<!--[if !supportLists]-->3. <!--[endif]-->A variedade de ambientes jurídicos que proporcionam uma ambivalência nas respostas entre indivíduos atacados.

Assim, pode inferir-se que as multinacionais e empresas globais encaixam-se, perfeitamente, nestas problemáticas, uma vez que acolhem colaboradores de várias áreas. Sendo o/a Técnico/a Superior de Educação Social um/a dos/as profissionais que pode promover o diálogo intercultural, faz todo o sentido produzir intervenção neste âmbito.

Então, mas as pessoas nascem com preponderância para serem bullies, ou, contrariamente será o contexto/ambiente que potenciam tais comportamentos?

A perspetiva “nature” assume que existem fatores genéticos que se tornam fundamentais, justificando tais comportamentos. Raine e col. (1994) afirmaram que as causas naturais têm um papel fulcral, sendo que existe uma tendência para defeitos genéticos e para a absorção de hormonas essenciais pelo cérebro.
Esta ligação entre fatores hereditários e a agressividade foi estudada e suportada em estudos longitudinais realizados em vários países (e.x. Dinamarca, Holanda, Suécia, Reino Unido, Austrália, Japão, Canadá e Estados Unidos).

Sem entrar em termos técnicos e descrições, passa-se a enumerar os três principais fatores que influenciam, a nível biológico, uma propensão para o comportamento agressivo:
<!--[if !supportLists]-->1. <!--[endif]-->Questões relacionadas com o cérebro;
<!--[if !supportLists]-->2. <!--[endif]-->Mutação de genes específicos;
<!--[if !supportLists]-->3. <!--[endif]-->Excessivo desenvolvimento do imunológico.
Por outro lado, defende-se uma perspetiva de desenvolvimento do bullying, baseado em fatores ambientais/adquiridos.
Nesta visão, os fatores sociais assumem extrema importância, sobretudo dentro da organização, isto é, o modo como vêm o bullying, as sansões aplicadas e a supervisão das agressões (Keashly et al., 1994; Tepper et al., 2001; Zellars et al., 2002).


Segundo Schein (1999), existem alguns sinais que devem despertar atenção, relativamente à cultura organizacional das empresas. Devem existir 1) procedimentos estandardizados de operação, 2) normas comportamentais, 3) regras de conduta, 4) valores, 5) …, 6) tabus, tanto simbólicos como reais, 7) heróis ou personalidades chave que definem a natureza da organização e 8) um clima frequente de civismo com a organização.

Releva-se, ainda, para o facto de existirem quatro fatores, proeminentes, que desencadeiam/estimulam os casos de bullying no trabalho:
<!--[if !supportLists]-->1. <!--[endif]-->Deficiências na estrutura/organização do trabalho;
<!--[if !supportLists]-->2. <!--[endif]-->Falhas no comportamento do líder;
<!--[if !supportLists]-->3. <!--[endif]-->A exposição da vida social da vítima;
<!--[if !supportLists]-->4. <!--[endif]-->Má reputação de um departamento (Einaresen, 1999; Leymann, 1993; Morrill, 1992).

Perante estes fatores, Harvey e col., no seu estudo, apresentam algumas medidas para fazer face a esta problemática no ambiente de trabalho. Passa-se a referir algumas delas:
<!--[if !supportLists]-->1. <!--[endif]-->Desenvolver os procedimentos estandardizados de operação, demonstrando a irredutibilidade perante os abusos e hostilidades na organização;
<!--[if !supportLists]-->2. <!--[endif]-->Determinar uma pessoa responsável para monitorizar, compilar e rever os procedimentos estandardizados de operação;
<!--[if !supportLists]-->3. <!--[endif]-->Estabelecer um processo de revisão de queixas, sensível e consistente;
<!--[if !supportLists]-->4. <!--[endif]-->Formação de uma comissão de permanente para dar seguimento às queixas, independentemente de onde provêm;
5. Determinar sanções apropriadas para os casos que não estão incluídos nos procedimentos estandardizados de operação.

O bullying é uma prática cada vez mais recorrente e uma realidade inequívoca da nossa sociedade. O espaço do trabalho é, por vezes, cenário deste tipo de agressões.

Estes mesmos agressores, os bullies, manifestam as suas ações de modos muito simples, como a chamada de nomes, até modos mais complexos, como perseguições físicas e sexuais.

Atualmente, existem alguns fatores que aumentam, consideravelmente, a ocorrência de vários casos de bullying. Um dos fatores preponderantes é a diversidade cultural dentro das empresas, devido a fenómenos como a globalização.

Existem dois tipos de perspetivas que envolvem o bullying. Uma sob o ponto de vista biológico (genético e hereditário), outra visando questões ambientes e sociais (contexto).

Por fim, existem medidas a adotar que podem diminuir a ocorrência de casos de bullying no trabalho. Enquanto TSES, estou certo que o contributo do Educador Social pode assumir uma grande importância, de modo a sensibilizar os colaboradores e a assumir estratégias de combate ao fenómeno.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

“Origem e evolução da Pedagogia Social ”.

“Origem e evolução da Pedagogia Social ”.

A Pedagogia Social apresenta-se,  para os diferentes autores, como uma ciência que permite a criação de conhecimentos, como uma disciplina que possibilita sistematização, reorganização e transmissão de conhecimentos e como uma profissão com dimensão prática, com acções orientadas e intencionais.
A Pedagogia Social é uma ciência da educação social, dirigida a indivíduos e grupos e na qual se centraliza nos problemas humanos e sociais, na qual podem ser tratados a partir de empenho educativo, é uma ciência do trabalho social a partir duma perspectiva educativa.
A Pedagogia Social surgiu para Pérez Serrano (2003), na Alemanha.
A Pedagogia Social surgiu depois da revolução industrial, em França, e é entre as duas grandes Guerras, devido á necessidade de intervir junto de uma população mais jovem e com problemas sociais, que se anuncia o aparecimento da Pedagogia Social.
A Pedagogia Social como uma das áreas no campo, do Trabalho Social, envolve-se numa serie de especialidades como por exemplo, atenção à infância com problemas (abandono, ambiente familiar desestruturado...); prevenção e tratamento das toxicomanias e do alcoolismo; prevenção da delinqüência juvenil. (reeducação dos dissocializados); educação de adultos, entre outros.

A Pedagogia Social é uma ciência da educação social, dirigida a indivíduos e grupos, na qual se centraliza nos problemas humanos e sociais e na qual podem ser tratados a partir de empenho educativo, é uma ciência do trabalho social a partir duma perspectiva educativa.
Começou por ser um ramo da Pedagogia geral, mas com o decorrer dos anos, ganhou um grau de diferenciação em virtude quer das metodologias quer dos novos contextos.
A Pedagogia Social passa assim pela intervenção que se faz em situações normalizadas de necessidade ou anomia sobre os indivíduos.
O conceito mais generalizado para Pedagogia Social compreende uma ciência da educação social das pessoas e grupo se, uma ciência do trabalho social a partir duma perspectiva educativa.

Pedagogia Social surgiu para Pérez Serrano (2003), na Alemanha.
Entre outros, as origens pedagógicas estão em Pestalozzi e Fröebel, mas é a situação social europeia que lhe abre caminho.

Surgiu depois da revolução industrial, dai a necessidade de encontrar resposta para os novos problemas sociais que dai resultaram, como o desemprego, os acidentes de trabalho, isto em França.
Mas é entre as duas grandes Guerras, devido á necessidade de intervir junto de uma população mais jovem e com problemas sociais, que se anuncia o aparecimento da Pedagogia Social, isto na Alemanha.
Onde? (Qual o contexto científico, histórico, social,..)
A Pedagogia Social surgiu depois da revolução industrial, em França, e é entre as duas grandes Guerras, devido á necessidade de intervir junto de uma população mais jovem e com problemas sociais, que se anuncia o aparecimento da Pedagogia Social, isto na Alemanha.
No contexto histórico da evolução da Pedagogia Social, surge o primeiro período, isto entre 1898 e 1919.
Natorp (1854-1920), teoria idealista (Kant e Hegel) que situa o objecto da Pedagogia Social no colectivo por oposição ao tradicional individualismo de Locke e Rousseau, o homem individual é uma abstracção.
Acreditavam que muitos dos males da Alemanha eram devidos ao individualismo e assim a Pedagogia Social surge como um instrumento de restauração do país.
Logo a necessidade de ter em conta conceitos chaves como:
Comunidade em que o homem não vive isolado e toda a intervenção educativa realiza-se na comunidade. Esta é uma unidade vital e só através dela o indivíduo se torna pessoa. A comunidade é entendida como um ideal porque só se alcança quando cada um se preocupar com todos e todos com cada um.
Vontade, é aquilo que conduz o homem de um estado primitivo a um membro da comunidade. Querer é a consciência da própria volição face aos outros. «Querer é ser».
Educação, é educar a vontade, dela depende a educação estética, política, intelectual, A educação é uma questão do «dever ser».
Relação do indivíduo com a comunidade, todo o conteúdo da educação humana é em si mesma comunitário. Esta faz-se na família, na escola, na comunidade. A própria comunidade só sobrevive através da educação.
Pedagogia Social em Paul Natorp, foi o primeiro a tentar definir uma teoria sobre a educação social, pelo que Pedagogia Social é igual ao saber prático mais o saber teórico.
O segundo período, (1913 – 1933), coincide com a pedagogia da reforma, o incremento dos problemas sociais derivados da I Guerra Mundial (desemprego, delinquência, falta de protecção social, …) contribui para o nascimento de um movimento pedagógico social. Assim, nos anos 20 (Alemanha), outra linha, a Teoria da Acção Educativa sobre Problemas Humano Sociais, centralizada nos problemas sociais (crianças maltratadas, pré e delinquentes, idosos,..) que associada a uma engenharia da promoção social, a um critério educativo e a um corpus teórico dá lugar a uma Pedagogia Social científica.
É um período marcado pelo apoio às instituições sociopedagógicas (1906) educação assistencial geral (Estado e Igreja), direito de Bem-Estar da Juventude (1922).
Surgem as residências para a infância, juventude e assistência penitenciária, bem como a formação dos operários.
O aumento de carências e necessidades motivam a Pedagogia de H. Nhol, promovendo a prevenção e profilaxia dos problemas sociais.
É a sua discípula, Baümer, que institucionaliza esta concepção.
O terceiro período entre 1933 e 1949, corresponde à fase do nacional-socialismo de Hitler, logo há uma estagnação na evolução desta disciplina, imprimindo-lhe apenas um cunho político e ideológico.
Para Krieck a comunidade é um organismo com vida própria independente dos indivíduos e a educação deve basear-se na raça.
A pedagogia social está orientada para uma formação nacionalista de carácter racial e para uma visão do mundo de sentido único.
O quarto período, a partir de 1949, tem como principais características, uma situação concreta histórico-culturalmente definida, é auto-crítica e usa a reflexão como modo de valoração da prática, é dialéctica (privilegia o modelo ecológico), parte assim de pressupostos emancipa tórios, daí que a investigação seja a sua metodologia, deve ultrapassar os aspectos sociais que obstaculizam a evolução, une a teoria à prática de forma dialéctica e é comunitária e consensual.

As principais características da Pedagogia Social são, uma ciência pedagógica, de carácter teórico-prático, que se refere à socialização do sujeito, tanto a partir de uma perspectiva normalizada como de situações especiais (inadaptação social), assim como aos aspectos educativos do trabalho social. Implica o conhecimento e a acção sobre os seres humanos, em situação normalizada como em situação de conflito ou necessidade.
A partir de uma vertente educativa, às necessidades humanas que convocam o trabalho social, assim como ao estudo da inadaptação social.
O indivíduo socializa-se dentro e fora da instituição escolar e, por isso, a educação social deve efectuar-se em todos os contextos nos quais se desenvolve a vida do ser humano. Nesse sentido, não pode definir-se exclusivamente por ocupar o espaço não escolar, o que implicaria uma redução da mesma.

A Pedagogia Social evoluiu, depois da revolução industrial, como consequência da necessidade de encontrar resposta para os problemas sociais novos que daí resultaram (desemprego, acidentes de trabalho, …), em França, e sobretudo, entre as duas grandes Guerras, na Alemanha, devido à necessidade de intervir junto de uma população jovem com problemas sociais.
As origens pedagógicas estão em Pestalozzi e Fröebel, mas é a situação social europeia que lhe abre caminho.
Karl F.Magers (1844) - Revista Pedagógica alemã, utilizou este termo pela primeira vez, em oposição a Pedagogia Individual e, como alternativa à Pedagogia Colectiva.
Mas é Diesterweg (1850) quem precisa a definição do conceito. A Pedagogia Social preconiza o desenvolvimento das pessoas no sentido de ajudar o próximo - trata-se de uma acção educativa dirigida aos desfavorecidos da sociedade.

É possível identificar quatro tendências teóricas a nível das características actuais da Pedagogia Social:
Teorias críticas da Pedagogia Social;
Pedagogia social entendida como ajuda à juventude, é a sociedade que provoca situações de carência e inadaptação nos jovens;
Pedagogia Social como trabalho juvenil anti-capitalista (esquerda socialista de 1968);
Pedagogia como higiene social (ajuda às dificuldades de aprendizagem escolar);
Pedagogia Social como trabalho social crítico do Círculo do Trabalho (teoria, ciência e política).

Ir acumulando conhecimento sobre o fenómeno social conhecido por Trabalho Social e sobre a dimensão pedagógica deste (Radl, 1984; Kisnerman, 1985; Alayon, 1981 citados por Sáez, 1997).

A Pedagogia Social como uma das áreas no campo, do Trabalho Social, envolve-se numa serie de especialidades que na classificação de Quintana são os seguintes:
A atenção à infância com problemas (abandono, ambiente familiar desestruturado...); atenção à adolescência (orientação pessoal e profissional, tempo  livre, férias...); atenção à juventude (política de juventude, associacionismo, voluntariado, atividades, emprego...); atenção à família em suas necessidades existenciais (famílias desestruturadas, adoção, separações...); atenção à terceira idade; atenção aos deficientes físicos, sensoriais e psíquicos; pedagogia hospitalar; prevenção e tratamento das toxicomanias e do alcoolismo; prevenção da delinqüência juvenil. (reeducação dos dissocializados); atenção a grupos marginalizados (imigrantes, minorias étnicas, presos e ex- presidiários); promoção da condição social da mulher; educação de adultos animação sócio-cultural.

Reflexão:
Cada vez mais se pode concluir que a Pedagogia Social é uma necessidade aplicável às sociedades, e a Pedagogia Social numa, (perspectiva clássica) surge em paralelo com as outras especialidades dentro da pedagogia geral. Corresponde a uma “teoria da educação social”, tendo por objecto atingir a maturidade social do indivíduo.
A Pedagogia Social, como teoria da acção educativa da sociedade exerce influências educativas quer individuais (pais, professores e outros) quer colectivas (media, grupos sociais, etc. …).
Assim, Quintana, (1984) definiu a Pedagogia Social como a ciência do Trabalho Social: um sistema de teorias científicas, tecnologias e teorias tecnológicas sobre fenómenos ou classes de fenómenos que correspondem ao conceito de educação terciária (educação terciária, educação da reinserção social, tendo um carácter correctivo de reinserção em pessoas com problemáticas de socialização).

Referencias Bibliográficas:
- ALTET, M. (1997). AAS Pedagogias da aprendizagem. Instituto Piaget, Portugal.
- CLAPAREDE, E. (1940), Psicologia da criança e Pedagogia experimental, Rio de Janeiro.
- MACHADO, E. (2008). A pedagogia Social: Diálogos e Fronteiras com a educação não-formal e educação sócio comunitário.
- QUINTANA CABANAS, J.M. (1998). Pedagogia Social. Madrid: Dykinson.

AUTORA: Sandra Afonso
sandra.a.granjo@gmail.com

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

“As correntes teóricas da educação social”

“As correntes teóricas da educação social”

Na Educação Social, existem diversas correntes, correntes essas que são a forma ideologica ou teorica de exercicio de actividade por parte de grupos de educadores.
Sendo as grandes correntes sistemas de referencia, no qual cada Educador faz a sua opção, constituindo assim o seu sistema de orientação profissional, desenvolvendo tambem competencias, conceitos, finalidades, principios e praticas mais usuais na educação.
As variadas correntes da Educação Social são:

- Pedagogias Tradicionais, surgiram no Séc. XIX, é caracterizada pela utilização de métodos denominados repressivos, no qual o isolamento faz parte do proprio sistema disciplinar. As crianças e jovens eram separados em diferentes grupos, conforme as medidas disciplinares aplicadas. Em função do esforço ou nao existem recompensas e castigos, os educadores atraves desta pedagogia, transmitem assim aspectos fundamentais como valores e conhecimentos, a relação de pares era alargada e priviligiada educador- educando.
- Pedagogias Novas, surgiram nos anos quarenta e cinquenta. As crianças e jovens com dificuldades são vistos de uma perspectiva diferentes. O trabalho com estas crianças adquire uma dimensão mais alargada, mais social bem como novos metodos no trabalho com jovens.
- Sistema Sociopedagógicos, dá-se voz aos direitos das crianças, a criança e o jovem são vistos de uma perspectiva pedagógica diferente na qual se dá importância a uma educação social mais globalizante. Surgem as “repúblicas e aldeias” onde são discutidos assuntos da actualidade. Dá-se importância às actividades sociais e ao humanismo, defendem-se ideias democráticas.
- Pedagogia de Inspiração Psicanalítica, em início no séc. XX, principalmente na Alemanha e na Áustria. A maior preocupação é em trabalhar com jovens abandonados e delinquentes. A sua atenção centra-se na criança e na comunidade educativa, valorizando assim o inconsciente da criança, com inspiração em Freud entretanto na América surgem instituições onde são acolhidas crianças com dificuldades variadas; de relacionamento, de aprendizagem e abandonadas, onde lhes é ensinada a vivência quotidiana. O educador tem um papel activo e psicoterapêutico.
- Pedagogias de Inspiração Libertária, surge nos anos 30, esta corrente tem como ideia principal a liberdade na educação integral, acreditando-se então que a ciança é “naturalmente boa”, as pedagogias de inspiração libertária contestam o autoritarismo e a repressão. Estas ideias reflectem-se não só na educação mas na prática em áreas da psicologia e da vida social. 
- Pedagogia e Psicoterapia Institucional, surge em França após o movimento da “resistência”, ao depararem com crianças e adultos com problemas mentais, surgem instituições (psiquiatria) que se preocupam exclusivamente com essa problemática. A educação articula com agentes de acção educativa, tais como cooperativas que acolhem também crianças com dificuldades.
- Desinstitucionalização e Antipsiquiatria, surge em Itália nos anos sessenta e mais tarde em França na década de setenta. Procuram um meio social que seja favorável à integração da criança e jovem com doença mental. Sendo contra a institucionalização dos mesmos, são contra a clausura desses jovens e crianças incentivando a integração em meio sociais e culturais.
- Pedagogia da Inspiração Comportamentalista, baseia-se na teoria de Pavlov e Watson sobre o behaviorismo. Por oposição à psicanálise trabalhava-se a aprendizagem baseando-se na observação directa dos comportamentos utilizando o reforço ou castigo conforme a atitude tomada ou pretendida. É uma corrente com aspectos semelhantes ao da corrente tradicional, tendo sempre em conta que o educador está perante comportamentos individuais e colectivos.
           - Dos cuidados maternais à comunidade terapeutica, acredita-se que crianças institucionalizadas até aos tres anos de idade, e no qual se encontram privadas do seu seio familiar, seja possivel criar uma pedagogia que proporcione á criança experiencias de vida favoraveis ao seu plano de desenvolvimento.

Depois da abordagem efectuada a cada uma das correntes teoricas da Educação Social, a minha reflexão pessoal é que, entre todas as correntes existe uma ligação por parte dos métodos aplicados.
E é cada vez mais vantajoso e necessario o trabalho em equipa e trabalhar em rede, no qual permite distribuir a responsabilidade por todos os elementos de equipa, permite tambem lidar com novos desafios e objectivos, contrubuindo assim para uma maior eficacia da organização e resultados, faculta tambem um enriquecimento pessoal atraves de troca de ideias e de experiencia, fomentando desta forma o espirito de entre-ajuda por se gerer relações de confiança, flexibilidade e desenvolvimento de objectivos e expectativas.
Trabalhando desta forma cada um na sua area de formação profissional e pessoal mas para os mesmos objectivos.
O trabalho do educador social tambem vai sendo enriquecido á medida em que surgem novas correntes, uma vez que enquanto mediador activo entre o publico alvo e os agentes de socialização, como a familia, a escola, os grupos de pares, é assim cada vez mais estimulado para aquisição de novas competencias, e como modelo de referencia ser transmitido e ensinado á população alvo.

AUTORA: Sandra Afonso
sandra.a.granjo@gmail.com

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

“O estigma da exclusão social, educação, poder e a utopia da inclusão de: Maria Gabriela Lopes”.

O estigma da exclusão social, educação, poder e a utopia da inclusão de: Maria Gabriela Lopes”.

O texto de Maria Gabriela Lopes, clarificam-nos quanto aos acontecimentos do Séc. XVIII, no qual a autora refere que, foram motivo de defesa pelos burgueses e filósofos, a liberdade e a igualdade entre a população, população esta que era vitima de diversas formas de exclusão, agressões físicas e psíquicas, nunca sendo respeitadas. Não estando assim salvaguardadas pelo respeito, dignidade e exigências naturais da condição humana. Por estes motivos surgiram então as revoluções burguesas (Séc. XVII e Séc. XVIII), apoiadas pelo povo.
A utopia de “igualdade para todos”, não passou disso mesmo, refere a autora. Libertou-se o Homem, mas não se criaram condições dignas para que pudesse ser realmente um ser humano livre. A autora refere ainda que se acentuaram mais, as desigualdades sociais e o estigma de ser pobre passa de pais para filhos, culpando-os da própria exclusão. Isto devido á revolução industrial e aos constantes avanços da ciência e tecnologias.
As guerras do Séc. XX tiveram por porções de depravação moral para o ser humano, determinando a necessidade de criar a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, em que o primeiro artigo refere que, todos sem excepção, tem o direito de nascer livres, numa igualdade de dignidade e direitos, com o compromisso de respeito pela dignidade dos seres humanos e dos valores fundamentais que são de toda a humanidade.
A autora faz menção, a um problema que diz merecer especial atenção, que é o facto da existência de jovens que já nascem excluídos e que, muito provavelmente, jamais poderão superar a situação e o estigma da exclusão.
Juntando-se a estes excluídos tradicionais os novos excluídos, os imigrantes, fruto da globalização, a autora refere ainda, que estudos realizados mostram que a grande maioria de jovens sem diploma e sem qualquer tipo de qualificações profissionais, ou são de grupos sociais desfavorecidos, ou tem empregos precários de baixos salários.
Segundo Giddens (2000), a sociologia tem conduzido a investigações que mostram que crianças oriundas de grupos sociais mais desfavorecidos tem maior probabilidade de continuar no ensino a tempo inteiro, do que as de grupos mais favorecidos. Esta permanência deve-se segundo a autora à situação de nítida exclusão social, uma vez que grande parte das minorias étnicas permanecem assim no ensino ate ao limite máximo, dada a dificuldade em encontrar um emprego, e dai surge o conceito de reprodução de Bourdieu (2000), em que as escolas, conjuntamente com outras instituições sociais, contribuem para perpetuar as desigualdades sociais e económicas ao longo das gerações, uma vez que as escolas determinam e influenciam a aprendizagem de valores, atitudes e hábitos, através do currículo oculto.
A autora explica então que os jovens ao longo da sua vida escolar, percebem as suas limitações e que nunca vão estar inseridos na sociedade, uma vez que adquirem comportamentos desviantes, resultado da revolta por serem excluídos. Existe um crescente grupo de jovens com comportamentos de risco, por falta de normas e valores morais, vivem em bairros sociais.
Estes jovens aprendem a viver em gangs de rua, onde o grupo de pares prevalece acima de tudo, regendo-se pelas próprias leis, utilizando uma linguagem muito própria que so a eles pertence.
Os programas sociais e educativos optaram pela palavra de raiz francesa “iletrisme”, uma vez que a palavra analfabeto (analphabéte), é depreciativa e esta associada a (bète), besta, animal e idiota.
O “iletrisme” (Lahire, 1999), está de facto ligado á pobreza, imigração, fracasso escolar, minorias étnicas, dando continuidade á exclusão social, excluídos apesar de saberem ler e escrever com os custos da própria identidade e cultura do seu pais, não sabem expressar-se, compreender a sociedade que os rejeita. Fazendo alusão a Habermas a autora, refere a sociologia como sendo a única resposta ao combate desta problemática, visto ser a ciência social que mantem de perto uma relação com os problemas da sociedade.
A autora critica e rótula, as formas de rejeição social uma vez que vai contra a «realidade socialmente aceite», explica então que a temática do desvio, ergue-se á volta do conceito de anomia no sentido Durkheimiano no qual  define, citando (Giddens, 2000), “sentimento de ausência de objectivos ou de inutilidade provocado por certas condições sociais”.
O comportamento desviante assume transgressões das normas e valores normativos. A forma como estes comportamentos são punidos, varia de cultura, pois o que é aceitável numa cultura na outra já é castigado. O desvio é o produto de um juízo feito sobre condutas ou maneiras de ser (Boudon, 1995).
A autora refere da mesma forma que fala de exclusão, fala de inclusão, uma vez que é um conceito amplo, complexo e multidimensional visto abranger a intervenção nas áreas da saúde, habitação, emprego, etc., tem de ser feita de forma sistemática comum a todos. Temos de trabalhar todos num só sentido, integrando a todos os níveis o indivíduo, independentemente da sua religião, etnia ou situação económica.
Compete aos governantes e ás sociedades, para a autora, adquirir uma solução para este problema de desigualdades de direito. É urgente mudar mentalidades arcaicas cuja cultura ainda predominam, refere.
É impreterível que a sociedade e autarquias assim como políticas se moldem e se unam para atingir o objectivo comum da constituição de uma sociedade, unificada pela inclusão.
Uma das mais importantes instituições internacionais a O.C.O.E., reconhece que a educação desempenha um papel fundamental para o crescimento do ser humano. Para a autora é urgente uma “redistribuição de possibilidades”, e explica segundo Giddens (2000), “o investimento em educação é um imperativo comum como base essencial”, “a necessidade de melhores qualificações educacionais e de treinamento em habilidades é evidente na maioria dos países industrializados, particularmente ao que diz respeito aos gruposmais desfavorecidos”.
Contudo deve-se investir no trabalho, sublinha a autora, uma vez que proporciona um sentido de estabilidade e sentido na vida e cria riqueza para a sociedade em geral.
Para a autora, o combate á pobreza requerem, uma injecção de recursos económicos, iniciativas de formação, formações ao nível da qualidade de emprego, assistência á saúde, assistência á infância e á educação. Assim através dos Direitos Humanos, os excluídos vão adquirindo consciência dos direitos que não tem e desta forma começarem a lutar por eles.
Por nos encontrarmos numa sociedade cada vez mais competitiva e transformada, quer a nível científico como tecnológico, a educação e a formação são dois factores cada vez mais reivindicados. Perante esta utopia de uma sociedade mais evoluída e competitiva, B. Sousa Santos (2000), afirma que está longe desta se concretizar pois está entre a veracidade e o que é impraticável.
A autora faz também referência a Tavares (2000), para interpretar a ideia da urgência em traçar novos caminhos para a realização do ser humano na sociedade. A utopia é essencial á nossa existência, isto considerada no sentido positivo, refere a autora, uma vez que a sociedade não se pode projectar no futuro, e assim pensar em novas formas de realizações do ser humano na sociedade e manter aberta a sociedade e a historia a outras fornas de discurso, a narrativas, desta forma a autora afirma que urge-se em pensar em novas formas de relações sociais e em estratégias politicas adequadas que tenham em vista a diminuição das assimetrias e de todas as formas de exclusão social.
Enquanto a educação para a tolerância não for incorporada, não teremos uma sociedade democrática e igual. Esta ideia de pais ideal, organizado de forma a proporcionar a felicidade na sociedade, pode estar ao nosso alcance, se insistirmos.
A educação para a tolerância, paz e contra as guerras tem se ser agregada em cada um dos indivíduos, se não nunca subsistirá uma sociedade demovratica nem semelhante. Para tal existir, basta que haja uma união entre todos, e insistir sempre pelo que se ambiciona.
Como diria Luther King, “I have a dream”, estas são também as palavras de Maria Gabriela Lopes.



LOPES, M. G., O estigma da exclusão social, educação, poder e a utopia da inclusão, Actas dos Ateliers do V Congresso Português de Sociologia, Sociedades Contemporâneas: Reflexividade e Acção; Atelier; Exclusões.


A autora neste texto exprime a sua ideia sobre a problemática da exclusão social, Maria Gabriela Lopes, defende assim o direito á igualdade e a liberdade para todos. Este tema bem como o texto são abordados de uma forma clara e explícita.
A autora, faz uma breve introdução ás guerras travadas ao longo dos séculos contra a exclusão social, sem qualquer sucesso, mesmo tendo sido criada a Declaração dos Direitos Humanos, em (1948).
Durante todo o texto é visível o desconforto que esta autora sente sobre a problemática referida, assinalando esta como oriunda de um problema político e social, tendo como objectivo manifestar a sua revolta contra o sistema de ensino, político e social.
É relatado também neste texto a discriminação existente, relativamente, aos jovens de hoje em dia e ao facto de se agruparem em gangs, mas esta é a forma de eles se sentirem úteis na suposta sociedade onde se inserem regendo-se por leis próprias.
A autora defende assim que é urgente que exista uma democracia correcta mas também defende que não existe um meio termo para isso acontecer. Ou seja que existe na sociedade uma grande diferença, ou se é rico ou se é pobre, quem também defende estas teorias é Boaventura, quando escreve sobre “o futuro da democracia”.
A autora refere diversos autores, ao longo do texto, mas tendo em conta a diferença dos tempos, adequando ligações cuidadas entre os tempos de hoje e os séculos passados, e de referir que a inclusão social e a imprescindível necessidade de acreditar nesta utopia, infelizmente continua a meu ver nos tempos de hoje, um tema e problemática actual. Por isso acredito e concordo com a autora quando refere que é urgente mudar mentalidades, abrir horizontes para que possamos acreditar e viver num mundo melhor.
Os governos e a sociedade precisam de agir em conformidade para travar este pesadelo que é a exclusão social. Todos tem direito á educação, á saúde, a ter condições de habitabilidade, segurança e conforto, mas acima de tudo todos tem direito ao respeito.
A beira de um novo milénio, como é possível que ainda se façam distinções entre etnias, pobreza, imigração?
As pessoas são diferentes por causa da diversidade das tradições locais em que elas crescem e amadurecem.
Uma das mais imediatas e aparentes manifestações da exclusão social nas
Sociedades da modernidade tardia foram o surgimento de uma cidadania de segunda classe – conceito benevolente e fenómeno que é, inclusive, demonstrado e exacerbado se se focaliza no sistema de justiça criminal, altamente selectivo, ao concentrar uma desproporcionada
presença de imigrantes e pobres.  (Young, 2000).




 Referência Bibliográfica

COSTA, Alfredo Bruto da. (2001).Exclusões Sociais, Lisboa: Cadernos Democráticos.
DURKHEIM, Emile.(1980). As Regras do Método Sociológico, Lisboa: Editorial Presença
GIDDENS, Anthony. (2000) Sociologia, Lisboa. Calouste Gulbenkian.
SOUSA, Gonçalo de V. (2000) Metodologia da Investigação, Redacção e Apresentação de Trabalhos.
XIBERRAS, Martine (1996). As Teorias da Exclusão. Lisboa: Instituto Piaget.
AUTORA: Sandra Afonso
sandra.a.granjo@gmail.com